Eu indico O Morro dos Ventos Uivantes (Livro e filmes)

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Morro dos Ventos Uivantes bookQuando penso em romances que envolvem tanto o mundo da literatura quanto o da sétima arte, alguns escritores me veem a cabeça. Temos John Green, por exemplo, com sua obra A culpa é das estrelas, que nos leva a conhecer o amor de dois jovens com sérios problemas de saúde, e que realmente queremos que eles sejam felizes no final.

Outro exemplo são os romances do escritor Nicholas Sparks, o filme Um amor pra recordar traz a história de dois jovens que também queremos que termine tudo bem para eles. Até mesmo obras como Crepúsculo e 50 tons de cinza causa em seus leitores uma vontade de ver um final feliz entre os protagonistas, tanto nos livros quanto na tela do cinema.

Mas o Eu Indico de hoje vai ser de um romance um tanto odiável, um odiável bom. A indicação de hoje é O Morro dos Ventos Uivantes. Essa é a única obra da escritora britânica Emily Brontë, que por sinal se tornou um clássico da literatura inglesa.

Preparem os corações para conhecer o casal mais problemático do universo literário. Vampiros e humanos? Masoquistas e tímidas? Etc… Não se comparam a Heathcliff e Catherine.

Sinopse:

Após uma viagem o chefe da família Earnshaw leva para casa um pequeno órfão, que ficará conhecido apenas como Heathcliff. O recém-chegado acaba “roubando” a atenção e amor do pai da família, o que acaba por deixar o filho legitimo, Hindley Earnshaw, enciumado. E por fim o jovem conquista a afeição de Catherine, filha do Sr. e Sra. Earnshaw, o qe deixa o primogênito ainda mais irado.

o morro dos ventos uivantes

Após alguns anos, e a morte dos responsáveis pela família Earnshaw, Catherine se casa com Edgar Linton, mesmo amando Heathcliff, pela condição financeira que o marido traria a ela. O órfão acaba indo embora do Morro dos Ventos Uivantes, devido diversas situações de humilhação. Após um tempo retorna rico, e assim despertando o desejo de Catherine, o ciúme do marido e a raiva de Hindley.

Catherine morre após o nascimento da filha dela com Linton, despertando a fúria de Heathcliff. Que a partir desse momento faz do proposito de vida transformar a vida de Edgar e Hindley um inferno.

O interessante da obra de Emily Brontë é como os seus personagens são apresentados com tanta intensidade, com seus desvios de caráter, jogando na cara do leitor que seus personagens são falhos e até mesmo repugnantes, dignos de pena e amor. O que torna cada personagem “odiavelmente” agradável (Isso não é só mérito de Game of Thrones). Definitivamente um caso de amor que não é preto no branco, é caótico e destruidor.

No cinema:

No cinema algumas adaptações do clássico de Brontë foram feitas. Ao morro dos ventos uivantes 1939 primeira, ainda em preto e branco, foi em 1920. Filmada na Inglaterra e dirigida por A. V. Bramble.

Uma das mais famosas versões, concorrendo até mesmo ao Oscar, é a de 1939. O título original é Wuthering Heights, dirigido por William Wyler. Esse filme só conta a primeira parte do livro, sobre o amor de Heathcliff e Catherine. A segunda geração não é apresentada, contando sobre os filhos de Heathcliff, Catherine e Hindley.

Em 1970 chegou ao cinema o primeiro filme do Morro dos Ventos Uivantes colorido. Dirigido por Robert Fuest, e no elenco Timothy Dalton como Heathcliff e Anna Calder-Marshall como Catherine.

O primeiro filme a contar também a segunda parte do livro chegou ao cinema em 1992. Uma curiosidade é que a atriz Juliette Binoche fez o papel das duas Catherine, mãe e filha, já que a obra comenta da incrível semelhança entre as duas. O diretor desse filme foi Peter Kosminsky.

Em 2003, a MTV produziu uma versão um tanto diferente da obra de Brontë. Longe da Inglaterra e um tanto mais próximo da América, na moderna Califórnia, onde os personagens eram colegiais. Nada a comentar.

A última adaptação da obra aconteceu em 2011, pelas mãos da diretora Andrea Arnold. A personagem Catherine é interpretada pela atriz Kaya Scoledaria, que esta em filmes como Maze Runner, Furia de titãs e em futuros filmes como da Franquia Piratas do Caribe.

Para terminar, ainda menciono que a obra é citada no livro e filme Crepúsculo (no filme não tenho certeza), como o livro favorito da personagem Bella. Mas acredite, o livro de Brontë não tem nenhuma relação com vampiros, ela trata de humanos, que podem ser muito piores, principalmente se comparados com vampiros que brilham.

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Juro que tinha pensado em uma apresentação incrível para o “quem somos”, mesmo. Mas esqueci, porque sou uma pessoa esquecida. Então vou fazer o simples mesmo. Meio jornalista, mais escritor e leitor do que jornalista. Fã de quadrinhos, jogos, apaixonado por coisas não muito explicáveis, memória fraca (já disse isso?), estou sempre com sono e sempre com fome… Amo música, sério, música é (sem palavras para definir). É isso… Devem ter outras coisas, mas não lembro agora.

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